RESENHA DO TERCEIRO QUARTO DO LIVRO PAGS 78 A 110


Até o momento, esta é a parte mais interessante do livro de Francisco G. Matos; Onde ele descreve iniciativas concretas da cultura ética, em formação, importantes; porém, mais importante é o sentido verdadeiramente ético e a co-responsabilidade dos integrantes da equipe, apoiados na atitude do líder, numa lógica corporativa, que na sua essência, significa:
reconhecer necessidades pessoais
respeitar a dignidade humana
reconhecer o desempenho funcional
propiciar participação nos resultados
estimular o compromisso social
favorecer e estimular a educação continuada.
O gestor deve sempre criar canais de comunicação com sua equipe para fazer com que ela se sinta participante, com feedbacks constantes e, principalmente participe das decisões do gestor e se considere, sempre, integrante do sucesso das mesmas, a maior recompensa do processo produtivo:
“eu sou parte do processo, dele quero participar, e com todos quero comemorar os frutos que ele gerou”.
A transformação do ambiente em uma comunidade vivencial de liderança e aprendizagem, faz com que todos se sintam “´lideres”, e com isso, terem sempre a motivação de aprendizado contínuo, onde o gestor se transforma num “líder de líderes”. Com esta prática, a ética se desenvolve no momento em que todos se sentem participantes, esquecendo da competição predatória dentro da equipe, onde todos são responsáveis pelos compromissos assumidos pela empresa. Assim, com comprometimento coletivo, a consciência ética fica fortalecida, tolerando diversos males que vem minando organizações, como, estresse, desemprego e, principalmente, a infelicidade social/espiritual.

= A responsabilidade social é uma exigência básica para a atitude e para o comportamento ético, por meio de práticas que demonstrem que uma empresa tem alma, cuja preservação implica solidariedade e compromisso social=

Aí a parte mais interessante da ética,; o relacionamento humano , onde todos participam dos processos, debatem, estabelecem estratégias, avaliam resultados, ou seja fica criado, aí, um núcleo de cidadania, onde, com participação, efetivação e felicidade, a organização passa a ter uma “alma”, com vida, dentro da empresa, fazendo a mesma prosperar e fazer com que sua imagem publica seja de alta aceitação, gerando, assim, resultados extremamente positivos e gratificantes.
Uma relação harmoniosa dentro de uma organização, com sentimentos humanos positivos, tornam-se condição essencial para que ela torne-se produtiva, eficaz e feliz, influenciando no sentimento de ética comportamental, parte da alma da empresa. Não basta que o produto final seja bom, nem que seus serviços sejam bons. Na visão do cliente, é fundamental que a empresa seja boa. Neste sentido, a empresa é o conjunto de seres humanos integrados por sentimentos éticos, visando, uma missão comum. Isso não seria a “alma da empresa” ??

= cultura em renovação contínua e descentralização de poder são os indicadores básicos da empresa com alma, com valorização do homem e suas competências;
A obsolência organizacional, desmotivação humana, o autoritarismo, a falta de liberdade e falta de participação nas decisões, tiram a alma da empresa, dando lugar ao individualismo e à fragmentação=

Agora, mais um item extremamente importante: A renovação. As mudanças na organização devem ser efetuadas de forma gradativa, não agressiva, e, principalmente, educada, com ética, pois, por natureza, o homem tende a temer as mudanças. Todas as devem ser motivo de aprendizado e conscientização, e que, a partir delas, coisas melhores virão, e com elas, a felicidade, a satisfação.
E o desenvolvimento, a educação, o aprimoramento pessoal dos integrantes de uma organização são fatores primordiais para que tudo, inclusive as tão temidas mudanças, sejam absorvidas de forma positiva e salutar, nunca tirando a força da alma da empresa.
Para finalizar , toca-se num ponto em que são envolvidos desenvolvimento, gestão participativa, comprometimento, educação, disciplina, entendimento e muita, muita cultura ética: A NEGOCIAÇÃO, que é um dos maiores, senão o maior instrumento de gestão da ética e da habilidade do líder de exercitá-la, dando o maior dos exemplos aos integrantes da equipe que carrega sob sua responsabilidade. Sem negociação e consenso, nunca haverá ética.

=O exercício da ética numa negociação, em variadas situações, desde os objetivos macros - aplicação do valores da filosofia empresarial – até os acordo das práticas operacionais, em nível gerencial de linha, vai criar a cultura participativa, com a prática real na negociação. Sem exageros, aí está o segredo organizacional da renovação contínua e da produtividade crescente=